Perdi as contas de quantas vezes senti meu corpo todo arrepiar com uma lembrança aleatória de nós dois. É dessa nossa aleatoriedade quente e eufórica que mais sinto falta. É quase como se eu precisasse disso para viver. Foram poucos meses, como pude me acostumar tanto a isso? A ele…
Saudade da nossa dança sem música e da nossa música totalmente fora do tom em versos inteiros de risadas. A pausa na nossa série preferida para tentar entender que diabos está acontecendo. O beijo fora de hora que fazia tudo girar… Sinto falta dos nossos detalhes e do nosso jeito torto de ficar junto.
Nunca pensei que conheceria alguém que pudesse literalmente completar meus pensamentos. Me encantei pela personalidade dele apesar de ser tudo o que eu sempre evitei. É incrível como somos tão diferentes e tão parecidos ao mesmo tempo. Quando a gente discorda chega a faiscar. Por outro lado é cada assunto que a gente engata e perde a tarde toda falando e falando porque a sintonia é enorme.
A história dele até aqui, o que ele vive hoje e o que ele desenhou para o futuro. Tudo me faz querer ficar para ver de perto. Eu abandono todas as minhas defesas, não quero ir embora. Sinto que o universo não colocou essas duas peças juntas atoa. Não vejo sentido em camuflar essa verdade.
Vou distribuir todas as minhas cartas na mesa. Apesar de saber que um dia após o outro é o melhor remédio para esquecer, não estou disposta a viver mais nenhum dia sem aquela risada rouca e aquele abraço que diz “eu não vou a lugar nenhum”. Eu quero tudo o que ele é. Não quero que seja exclusivo. Só quero que seja real como sempre foi, como eu sei que ele é.